Olá!!
Mais um blog essa semana e começamos com uma pergunta: Você conhece a história dos Santos Mártires do Rio Grande do Norte?
Em 1645, moradores dos engenhos de Cunhaú e Uruaçu, no interior potiguar, resistiram a uma invasão holandesa no Brasil. Cristãos dos dois municípios foram mortos: mais de 80 fiéis da Igreja Católica. Destes, 30 foram martirizados, declarados santos pelo Papa Francisco em 2017.
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No dia 3 de outubro de cada ano, comemora-se a festa litúrgica dos Santos Mártires de Cunhaú de Uruaçu, no Rio Grande do Norte. Muitos peregrinos visitam o lugar em busca da história de devoção dos padroeiros do estado, que pagaram com a própria vida em virtude da fé e devoção a Deus, pela intolerância religiosa dos invasores.
O que seria um mártir?
Um mártir (em grego: mártys, “testemunha”) é uma pessoa submetida a suplícios, e até a morte, por se recusar a renunciar a fé cristã.
O Catecismo da Igreja Católica ainda expõe, no § 2473 “O martírio é o supremo testemunho dado em favor da verdade da fé; designa um testemunho que vai até à morte. O mártir dá testemunho de Cristo, morto e ressuscitado, ao qual está unido pela caridade. Dá testemunho da verdade da fé e da doutrina cristã. Suporta a morte com um acto de fortaleza.”
CUNHAÚ
O primeiro massacre ocorreu em Cunhaú, primeiro engenho construído em território potiguar – no atual município de Canguaretama (RN) – considerado um dos mais trágicos da história do Brasil. Em 1645, o Rio Grande do Norte era dominado pelos holandeses calvinistas. Em 15 de julho do mesmo ano chegou ao engenho um alemão a serviço do governo holandês: Jacob Rabbi. Entretando, ele era conhecido pela região, pois já passara por lá anteriormente.
No dia seguinte, dia 16 de julho, fiéis se reuniram para celebrar a eucaristia e partiram em direção à missa na Igreja de Nossa Senhora das Candeias, com o pároco Pe. André de Soveral. Logo após o momento da elevação do Corpo e Sangue de Cristo, as portas da capela foram trancadas e deu início ao violento massacre ordenado por Jacob.
URUAÇU
Esse segundo massacre ocorreu no dia 3 de outubro de 1945, apenas três meses depois do primeiro em Cunhaú, mais uma vez a mando do alemão Jacob Rabbi. Segundo relatos históricos, as tropas usaram de ainda mais violência.
Com as notícias sobre o ocorrido em Cunhaú, muitas pessoas ficaram receosos de que mais um massacre acontecesse. Alguns católicos buscaram refúgio na Fortaleza dos Reis Magos e em uma fortificação construída no pequeno povoado de Potengi. Ainda assim, foram encontrados e atacados pela tropa de Jacob Rabbi.
As portas da igreja foram fechadas e os fiéis foram mortos cruelmente. As vítimas tiveram as línguas arrancadas para que não proferissem orações, além de terem braços e pernas decepados. Crianças foram partidas ao meio e degoladas.
Segundo relatos, as tropas holandesas ofereceram aos fiéis católicos uma opção de se livrar da morte: convertendo-se ao calvinismo. Entretanto, escolheram o martírio.
Em um ato de imensa devoção a Deus, tornaram-se verdadeiros mártires, escolhendo a morte para não denunciar o amor a Cristo.
O celebrante da missa, o padre Ambrósio Francisco Ferro, foi muito torturado. O camponês Mateus Moreira teve o coração arrancado enquanto exclamava: “Louvado seja o Santíssimo Sacramento”.

CANONIZAÇÃO
Em 16 de junho de 1989 o processo de beatificação foi concedido pela Santa Sé, em reconhecimento dos Mártires de Uruaçu. Em 21 de dezembro de 1998 o papa João II assinou um decreto reconhecendo o martírio de 30 brasileiros: 28 leigos e dois sacerdotes.
A celebração de beatificação aconteceu no Vaticano, na Praça de São Pedro, no dia 5 de março de 2000 e foi presidida pelo papa João Paulo II.
Já no dia 15 de outubro de 2017, no Vaticano, os Mártires de Cunhaú e Uruaçu foram declarados santos pelo Papa Francisco, que exclamou “Seu sangue regou o solo pátrio, tornando-o fértil para a geração de novos cristãos”.
Foram canonizados (nem todos têm os nomes foram identificados):
- Pe. André de Soveral
- Pe. Ambrósio Francisco Ferro (português)
- Mateus Moreira
- Domingos de Carvalho
- Antônio Vilela Cid (espanhol)
- Antonio Vilela, o moço e sua filha
- Estevão Machado de Miranda e suas duas filhas
- Manoel Rodrigues Moura e sua esposa
- João Lostau Navarro (francês)
- José do Porto
- Francisco de Bastos
- Diogo Pereira
- Vicente de Souza Pereira
- Francisco Mendes Pereira
- João da Silveira
- Simão Correia
- Antonio Baracho
- João Martins e seus sete companheiros
- A filha de Francisco Dias
HOMENAGENS
Em homenagem aos acontecimentos, foi erguido um monumento na localidade de Uruaçu, próximo aonde ocorreu o martírio, denominado ‘Monumento aos Mártires’. O local foi inaugurado no dia 5 de dezembro de 2000 com a presença de cerca de milhares de pessoas, incluindo diversas autoridades eclesiásticas e governamentais.
O lugar tem uma área de dois hectares doada pela família Veríssimo. O Monumento aos Mártires foi projetado pelo arquiteto Francisco Soares Júnior, com a capacidade para receber 20 mil peregrinos. Atrás do palco, ainda há um painel medindo 30 metros.
No dia 3 de outubro acontece oficialmente a festa litúrgica em comemoração ao Dia dos Mártires de Uruaçu e Cunhaú.
Todos os anos, milhares de fiéis direcionam-se a região para homenagear, rezar e se inspirar na bela história de devoção dos Santos Mártires. Um momento especial para os peregrinos.

ROTEIRO
E claro, a Trielotur tem um roteiro maravilhoso para você conhecer a história e participar das celebrações que hoje acontecem no Rio Grande do Norte.
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– Por Equipe Trielotur